O Tempo da Contemporaneidade está em um estado de crise e
forte instabilidade.
Nosso tempo externo está acelerado e paralisou nosso tempo
interno.
Deixamos de sentir... somos reativos, e não ativos!
O aumento da ansiedade, o estado constante de alerta devido
ao aumento da violência social, os transtornos borderline e depressivos, e o
aumento dos suicídios são quadros clínicos recorrentes neste tempo de
incertezas.
Hoje observamos um forte enfraquecimento da figura do pai e
um deslocamento do Superego da família para as redes sociais.
Quais são os efeitos da incerteza em nosso cérebro e em nosso
corpo?
O corpo social sofre de uma depressão mascarada pela
aceleração?
A Análise Reichiana Contemporânea, com o corpo, o tempo, as
relações e as neurociências, amplia a leitura da psicopatologia e a compreensão
dos fenômenos disfuncionais.
Os focos etiopatogênicos são identificados no tempo materno
primário, no tempo paterno-familiar secundário e no tempo social terciário, com
evidências do “quando-como-onde” dos sintomas psicopatológicos.
No tempo das incertezas, a psicopatologia, a
psicofarmacoterapia e a psicoterapia precisam ganhar corpo, para uma maior
adequação diagnóstica e terapêutica.