10 anos da lei de cotas no Brasil: caminhos para o enegrecimento da PUC-SP

10 anos da lei de cotas no Brasil: caminhos para o enegrecimento da PUC-SP

online Teatro TUCA - Tucarena - São Paulo - São Paulo - Brasil
presencial Com transmissão online

O evento já encerrou

finalizado

Sobre o evento

Este seminário visa problematizar os 10 anos da lei de cotas e apontar caminhos para o enegrecimento da PUC/SP, sob o prisma da das Ciências Humanas e Sociais. Isto posto, nos parece razoável perguntar: Qual é a Universidade que queremos? Aquela centrada nos cânones coloniais nos figura esgotada, considerando que os seus caminhos provocaram a derrota da diversidade e pluralidade intelectual e humana. Na era da globalização de ideias, culturas e pessoas, seria razoável adotar a perspectiva do universal lateral proposto pelo filósofo africano Jean G. Bidima? Sua proposta pretende abordagens em travessia, no diálogo entre múltiplas contribuições filosóficas, para além do universal eurocentrado. Seu olhar é não só desafiador, mas instigante para abordar personagens e narrativas extraocidentais, bem como aquelas que se imiscuíram nas fronteiras do Ocidente. A partir deste prisma, o seminário: “10 anos da lei de cotas: caminhos para o enegrecimento da PUC/SP” pretende também considerar a novidade epistêmica em torno da diversidade, diferença e identidade; bem como o deslocamento do olhar para outras formas de produção do conhecimento histórico: anti-eurocêntrico, policêntrico, dialógico e antirracista que vem sendo produzidos no âmbito da Universidade. Tais tendências sugerem um momento de abertura epistemológica inclinada a pensar a polissemia de narrativas históricas e tradições filosóficas situadas no Sul global e das “Áfricas” culturais e políticas no mundo. Do ponto de vista político, esse seminário pretende também propor à PUC-SP o encaminhamento de contratação de professoras e professores negros (as) via os órgãos competentes da Universidade, dando cumprimento ao Regimento Geral da Universidade; recensear quantos alunos negros e negras estudam na PUC/SP; ampliar a política de bolsas na Universidade. Esse é o debate do qual não se deve desviar, considerando ser este país de maioria negra. No entanto, ainda que essa maioria tenha dado o tom ideológico na configuração da cultura “popular”, ela não está representada nos espaços de poder. A persistência do racismo estrutural nas esferas institucionais torna o Brasil um fracasso perante si e ao mundo. E há muito tempo, desde a emergência dos movimentos negros, na década de 1970, já não se deseja mais esse quadro.

Apresentação dos trabalhos

Sexta-feira 25/11/2022

1° sessão de apresentação de trabalhos (17h00 às 19h00)

GT-9. Tecnologia no combate à discriminação racial (sala 307, 3º andar - ERBM)

GT-4. Escravidão e pós abolição (sala 307, 3º andar - ERBM)

GT-7. Políticas afirmativas no ensino superior: docência e discência (sala 305, 3º andar - ERBM)

GT-5. Justiça , juventude e encarceramento (sala 309, 3º andar - ERBM)

GT-6. Música, arte e literatura (sala 308, 3º andar - ERBM)


2° sessão de apresentação de trabalhos (das 19h30 às 21h30)

GT-6. Música, arte e literatura (sala 308, 3º andar - ERBM)

GT-2. Cooperação, projetos e agendas da África e das diásporas africanas (sala 307, 3º andar - ERBM)

GT-1. Comunidades tradicionais e religiosidades (sala 307, 3º andar - ERBM)

GT-8. Raça, gênero e sexualidade (sala 310, 3º andar - ERBM)

GT-3. Epistemologias decoloniais (sala 309, 3º andar - ERBM)


Inscrições

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Informações Gerais

a) O evento 10 anos da lei de cotas no Brasil ocorrerá nos dias 23 e 25 de novembro de 2022, presencialmente, no campus Monte Alegre da PUC-SP. Sendo, no dia 23/11/2022, lançamento de livros e conferência de abertura com a ex-Ministra-Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil, Matilde Ribeiro, e no dia 25/11/2022, serão apresentados os trabalhos selecionados pelos Grupos de Trabalho;

b) Os resumos aprovados deverão ser apresentados no evento presencial do dia 25/11/2022, no campus Monte Alegre da PUC-SP, entre 17h e 21h30;

c) Clique em “resumos científicos” e veja as regras de apresentação e formatação dos resumos;

d) O evento do dia 25/11/2022 será em formato de simpósio, com a apresentação do trabalho na sala designada para o GT, o autor terá até 15 minutos para apresentar o trabalho, fazendo ou não uso de projetor/slides ou outros recursos disponíveis;

e) Serão concedidos certificados de apresentação de trabalho (para os autores) e de participação no evento (para os participantes);

f) Em casos de dúvidas, nos escreva pelo e-mail semanadaconsciencianegra2022@gmail.com

Roteiro para a submissão de trabalhos

Serão aceitos trabalhos científicos, concluídos ou em fase de desenvolvimento, inéditos, ou não, sendo necessário apenas submeter o resumo do trabalho (botão abaixo) que será avaliado pela coordenação dos respectivos Grupos de Trabalhos – GTs. (Para conhecer os grupos de trabalho veja as ementas abaixo).

Para submeter um trabalho é preciso criar um login na plataforma.

Submissões

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Ementas dos GTs:

GT1. Comunidades tradicionais e religiosidades 

Esse GT pretende receber trabalhos que abordem a presença negra nas religiões de matriz africana, neopentecostais e católicas. Também destaca-se as expressões culturais das comunidades tradicionais em torno do quilombismo urbano e rural.

Coordenador: Rodney William.


GT2. Cooperação, projetos e agendas da África e das diásporas africanas

O GT Cooperação, projetos e agendas da África e das diásporas africanas espera reunir pesquisadoras(es) interessadas(os) em apresentar pesquisas sobre temas relacionados às agendas de governança global, estudos africanos, pensamento africano contemporâneo, pan-africanismo, saúde global, cooperação sul-sul e triangular, regionalismo na África, lei 10639/03, história da África, literaturas africanas, diásporas africanas, migração africana, patrimônio cultural entre outros.

Coordenadores: Acácio de Almeida, Lucinea dos Santos e Bebel Nepumoceno.


GT3. Epistemologias decoloniais

Sob múltiplas formas, a violência tem sido um fator determinante do ponto de vista político e social em sociedades cuja independência foi associada à supressão da violência do colonialismo. No entanto, em consequência, raramente, a construção de Estados políticos independentes dispensou a violência antes responsabilidade atribuída ao colonizador; desde o processo de colonização, a dinâmica violenta de modelação das entidades políticas, esteve presente não só na África, mas em todos os outros países afetados pela mesma perversidade.  O encerramento formal da colonização entre os séculos XVIII e XIX na América não resultou, nos séculos seguintes, na interrupção da lógica de matriz colonial de poder, pelo contrário, essa lógica da civilização ocidental perpetuou-se com a formação da globalização no século XX. Mas, simultaneamente a essa expansão, também se formaram elementos para o questionamento da relação entre colonialidade e modernidade, à medida que as promessas de liberdade da modernidade fracassavam ao mesmo tempo que aumentava a instrumentalização da razão solapando o conhecimento dos povos originários, como expressam os objetivos da decolonialidade visando a destruição da colonialidade global do poder. O colonialismo Africano e sua transição para o escravismo nas Américas, em especial no Brasil como fonte de poder econômico, e o pós “abolicionismo”, marcado pela falta de políticas de inclusão ao contrário, acirrado pelo racismo, e com grandes lutas dos Movimentos Negros desde a década 20, sustendo o combate ao racismo, tendo ainda que se contrapor aos movimentos eugenista e o mito da democracia racial. Hoje a luta de combate ao racismo, pela igualdade de oportunidades e as políticas de enfrentamento antirracistas.

Coordenadores: Maria Constança e Amanda Reis.


GT4. Escravidão e pós abolição

Este Grupo de Trabalho, busca contribuir para os debates da história social da escravidão e do pós-abolição. O seu propósito é reunir pesquisadoras(es) acadêmicas(os) e professoras(es) de ensino básico dispostos a refletir, ampliar, aprofundar e compartilhar suas experiências de pesquisa e de ensino acerca dos momentos finais da escravidão e no pós-Abolição, com destaque para os processos de emancipação, as lutas por liberdade e debates da constituição da cidadania, antes e após à assinatura da Lei Áurea. Espera-se debates que valorizem o papel desempenhado por pessoas escravizadas, libertas e livres “de cor” nesse cenário por meio de suas trajetórias individuais e/ou coletivas. Também é nosso objetivo aprofundar as discussões sobre os significados da liberdade, abolicionismos e lutas por direitos e conquista de lugares sociais diversos antes e depois de 13 de maio de 1888. Interessa-nos refletir acerca das construções identitárias em jogo no referido período, bem como suas implicações políticas, conteúdos culturais e transformações ao longo dos séculos XIX e XX.

Coordenadores: William Lucindo e Maria Antonieta.


GT5. Justiça, juventude e encarceramento 

O encarceramento em massa no Brasil tem cor. O Brasil é o terceiro país no mundo que mais encarcera pessoas. Majoritariamente jovens negros encarcerados por um Sistema de Justiça Branco. Refletir sobre essa forma de controle social, repensar o sistema de justiça criminal, a criminalização das drogas e da pobreza, se faz fundamental no combate ao racismo brasileiro em suas formas contemporâneas. 

Coordenadores: Clerio e Vinicius.



GT6.  Música, arte e literatura

O grupo de trabalho Música, Artes e Literatura pretende propor diálogos em torno do problema da entrada negra na modernidade. Os estudos nesse campo sugerem a emergência da vanguarda negra ancorada em saberes ancestrais. Dotada de um estilo próprio, que é o de sempre dialogar com o passado e o de reunir raízes múltiplas, as artes negras revelam uma capacidade instigante de reimaginar o mundo. Um olhar mais atento sobre elas depara-se com utopias deslocadas de perspectivas derrotistas, decadentes e distópicas. Atribui-se ao fazer artístico e intelectual negros parte das respostas à destruição física e mental, e, ainda a expansão de visões de mundo em escala global. As artes negras se transformaram em poderosas formas de veiculação de memórias e crítica à branquitude.

Coordenadores: Amailton Magno Azevedo e Fabiana Cozza.


GT7. Políticas afirmativas no ensino superior: docência e discência

Nas últimas décadas a atuação dos movimentos negros e o avanço da luta antirracista permitiram a construção de importantes políticas públicas de inclusão educacional, especialmente no ensino médio e superior. As ações afirmativas se constituíram como elemento fundamental da construção democrática, a partir da Constituição brasileira, do Estatuto da igualdade racial e da chamada Lei de Cotas, que passa a ser novamente discutida após 10 anos de vigência. A falta de acesso e a evasão na educação superior possuem várias facetas e determinações estruturais. Assim, a efetivação da política de permanência necessita estar articulada a outras ações para potencializar o acesso e permanência da população negra. Torna-se fundamental, portanto, assumir uma agenda de ações não só para o acesso e permanência, mas também a presença negra nos espaços da docência e nas agendas de pesquisa, que caminhem na direção da desconstrução do racismo estrutural. Assim, este GT discutirá caminhos para ampliação do acesso, permanência e representatividade negra no ensino superior público, privado e filantrópico, de desconstrução do racismo e superação da exclusão, discutindo a situação atual e as políticas públicas e institucionais necessárias para garantir a igualdade de oportunidades como princípio de justiça social.

Coordenadores: Pedro Aguerre e Carla Cristina Teodoro.


GT8. Raça, gênero e sexualidade

O Grupo de trabalho Raça, Gênero e Sexualidade tem por objetivo receber trabalhos que tragam para discussão a produção teórico-discursiva nos campos da questão racial, de gênero e de sexualidade a partir dos marcadores de diferenças que se interseccionam e repercutem em temas centrais como feminismos, masculinidades, corpos e tantos outros que permeiam as disputas em torno do tema deste GT.

Coordenadores: Fabio Mariano, Viny Rodrigues e Lucas Dantas.


GT9. Tecnologias no combate à discriminação racial

Este Grupo de Trabalho tem por objetivo receber trabalhos que tragam para discussão a produção nos campos étnico-raciais no cenário da tecnologia e cultura digital.

Coordenador: Jeferson da Silva.

Atividades

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Convidada

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