GT1. Comunidades tradicionais e
religiosidades
Esse GT pretende receber trabalhos que
abordem a presença negra nas religiões de matriz africana, neopentecostais e
católicas. Também destaca-se as expressões culturais das comunidades
tradicionais em torno do quilombismo urbano e rural.
Coordenador: Rodney William.
GT2. Cooperação, projetos e agendas da África e das diásporas africanas
O GT Cooperação, projetos e agendas da África e das diásporas africanas espera reunir pesquisadoras(es) interessadas(os) em apresentar pesquisas sobre temas relacionados às agendas de governança global, estudos africanos, pensamento africano contemporâneo, pan-africanismo, saúde global, cooperação sul-sul e triangular, regionalismo na África, lei 10639/03, história da África, literaturas africanas, diásporas africanas, migração africana, patrimônio cultural entre outros.
Coordenadores: Acácio de Almeida, Lucinea dos Santos e Bebel Nepumoceno.
GT3. Epistemologias decoloniais
Sob múltiplas formas, a violência tem
sido um fator determinante do ponto de vista político e social em sociedades
cuja independência foi associada à supressão da violência do colonialismo. No
entanto, em consequência, raramente, a construção de Estados políticos
independentes dispensou a violência antes responsabilidade atribuída ao
colonizador; desde o processo de colonização, a dinâmica violenta de modelação
das entidades políticas, esteve presente não só na África, mas em todos os
outros países afetados pela mesma perversidade. O encerramento formal da
colonização entre os séculos XVIII e XIX na América não resultou, nos séculos
seguintes, na interrupção da lógica de matriz colonial de poder, pelo
contrário, essa lógica da civilização ocidental perpetuou-se com a formação da
globalização no século XX. Mas, simultaneamente a essa expansão, também se
formaram elementos para o questionamento da relação entre colonialidade e
modernidade, à medida que as promessas de liberdade da modernidade fracassavam
ao mesmo tempo que aumentava a instrumentalização da razão solapando o
conhecimento dos povos originários, como expressam os objetivos da
decolonialidade visando a destruição da colonialidade global do poder. O
colonialismo Africano e sua transição para o escravismo nas Américas, em
especial no Brasil como fonte de poder econômico, e o pós “abolicionismo”,
marcado pela falta de políticas de inclusão ao contrário, acirrado pelo
racismo, e com grandes lutas dos Movimentos Negros desde a década 20, sustendo
o combate ao racismo, tendo ainda que se contrapor aos movimentos eugenista e o
mito da democracia racial. Hoje a luta de combate ao racismo, pela igualdade de
oportunidades e as políticas de enfrentamento antirracistas.
Coordenadores: Maria Constança e Amanda Reis.
GT4. Escravidão e pós abolição
Este Grupo de Trabalho, busca
contribuir para os debates da história social da escravidão e do pós-abolição.
O seu propósito é reunir pesquisadoras(es) acadêmicas(os) e professoras(es) de
ensino básico dispostos a refletir, ampliar, aprofundar e compartilhar suas
experiências de pesquisa e de ensino acerca dos momentos finais da escravidão e
no pós-Abolição, com destaque para os processos de emancipação, as lutas por
liberdade e debates da constituição da cidadania, antes e após à assinatura da
Lei Áurea. Espera-se debates que valorizem o papel desempenhado por pessoas
escravizadas, libertas e livres “de cor” nesse cenário por meio de suas
trajetórias individuais e/ou coletivas. Também é nosso objetivo aprofundar as
discussões sobre os significados da liberdade, abolicionismos e lutas por
direitos e conquista de lugares sociais diversos antes e depois de 13 de maio
de 1888. Interessa-nos refletir acerca das construções identitárias em jogo no
referido período, bem como suas implicações políticas, conteúdos culturais e
transformações ao longo dos séculos XIX e XX.
Coordenadores: William Lucindo e Maria Antonieta.
GT5. Justiça, juventude e
encarceramento
O encarceramento em massa no Brasil tem
cor. O Brasil é o terceiro país no mundo que mais encarcera pessoas.
Majoritariamente jovens negros encarcerados por um Sistema de Justiça Branco.
Refletir sobre essa forma de controle social, repensar o sistema de justiça
criminal, a criminalização das drogas e da pobreza, se faz fundamental no
combate ao racismo brasileiro em suas formas contemporâneas.
Coordenadores: Clerio e Vinicius.
GT6. Música, arte e literatura
O grupo de trabalho Música, Artes e
Literatura pretende propor diálogos em torno do problema da entrada negra na
modernidade. Os estudos nesse campo sugerem a emergência da vanguarda negra
ancorada em saberes ancestrais. Dotada de um estilo próprio, que é o de sempre
dialogar com o passado e o de reunir raízes múltiplas, as artes negras revelam
uma capacidade instigante de reimaginar o mundo. Um olhar mais atento sobre
elas depara-se com utopias deslocadas de perspectivas derrotistas, decadentes e
distópicas. Atribui-se ao fazer artístico e intelectual negros parte das
respostas à destruição física e mental, e, ainda a expansão de visões de mundo
em escala global. As artes negras se transformaram em poderosas formas de
veiculação de memórias e crítica à branquitude.
Coordenadores: Amailton Magno Azevedo e Fabiana Cozza.
GT7. Políticas afirmativas no ensino
superior: docência e discência
Nas últimas décadas a atuação dos
movimentos negros e o avanço da luta antirracista permitiram a construção de
importantes políticas públicas de inclusão educacional, especialmente no ensino
médio e superior. As ações afirmativas se constituíram como elemento
fundamental da construção democrática, a partir da Constituição brasileira, do
Estatuto da igualdade racial e da chamada Lei de Cotas, que passa a ser
novamente discutida após 10 anos de vigência. A falta de acesso e a evasão na
educação superior possuem várias facetas e determinações estruturais. Assim, a
efetivação da política de permanência necessita estar articulada a outras ações
para potencializar o acesso e permanência da população negra. Torna-se
fundamental, portanto, assumir uma agenda de ações não só para o acesso e
permanência, mas também a presença negra nos espaços da docência e nas agendas
de pesquisa, que caminhem na direção da desconstrução do racismo estrutural.
Assim, este GT discutirá caminhos para ampliação do acesso, permanência e
representatividade negra no ensino superior público, privado e filantrópico, de
desconstrução do racismo e superação da exclusão, discutindo a situação atual e
as políticas públicas e institucionais necessárias para garantir a igualdade de
oportunidades como princípio de justiça social.
Coordenadores: Pedro Aguerre e Carla Cristina Teodoro.
GT8. Raça, gênero e sexualidade
O Grupo de trabalho Raça, Gênero e
Sexualidade tem por objetivo receber trabalhos que tragam para discussão a
produção teórico-discursiva nos campos da questão racial, de gênero e de
sexualidade a partir dos marcadores de diferenças que se interseccionam e
repercutem em temas centrais como feminismos, masculinidades, corpos e tantos
outros que permeiam as disputas em torno do tema deste GT.
Coordenadores: Fabio Mariano, Viny Rodrigues e Lucas Dantas.
GT9. Tecnologias no combate à discriminação racial
Este Grupo de Trabalho tem por objetivo receber trabalhos que tragam para discussão a produção nos campos étnico-raciais no cenário da tecnologia e cultura digital.
Coordenador: Jeferson da Silva.